quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Feliz Natal 2009

gifs fofas

Um Santo Natal para todas as famílias são os votos dos enfermeiros da Consulta de Enfermagem ao Utente Ostomizado do Centro de Saúde de Santa Maria da Feira


terça-feira, 17 de novembro de 2009

EJACULAÇÃO RETRÓGRADA

O que é?

Durante uma relação sexual, o esperma (sémen) é lançado pela uretra e daí para fora do corpo. Quando ocorre o inverso, isto é, em vez de sair pela uretra, toma a direcção da bexiga, chama-se de ejaculação retrógrada.
Normalmente durante a ejaculação, a bexiga fecha a "saída" (colo vesical), impedindo que o esperma entre no seu interior e fazendo com que este saia pela uretra e extremidade do pénis.

A ejaculação retrógrada é um problema que afecta alguns homens após a cirurgia de realização de uma ostomia.

Como se desenvolve?
As causas podem ser neurológicas, traumáticas ou medicamentosas.

Neurológicas: Entre as causas neurológicas temos a esclerose múltipla e os traumatismos de coluna.
A neuropatia periférica secundária a diabetes frequentemente causa a ejaculação retrógrada.

Traumáticas: Como causas traumáticas temos as cirurgias abdominais ou pélvicas, que podem interferir na enervação da bexiga e assim causar o problema.
Outros procedimentos cirúrgicos, como a ressecção endoscópica da próstata também interferem no colo vesical originando a ejaculação retrógrada, como é o exemplo de algumas cirurgias de realização de ostomias (urinárias e digestivas).

Medicamentosas: Como causas medicamentosas, temos alguns medicamentos que são utilizados para tratamento de doenças cardíacas ou do aumento da pressão arterial, que podem levar a este problema.

O que se sente?
O paciente nota uma nítida redução no volume do esperma ou mesmo ausência deste no momento do orgasmo.

Como se faz o diagnóstico?
Um exame qualitativo de urina é colhido logo após o orgasmo e examinado ao microscópio; se houver a presença de espermatozóides, o diagnóstico de ejaculação retrógrada está feito.

Quais as consequências?
A principal consequência da ejaculação retrógrada é a infertilidade masculina.

Desconforto físico e psicológico durante as relações sexuais são outras queixas observadas.

Como se trata?
O tratamento mais utilizado é o uso de medicamentos que fecham o colo vesica.A estimulação vibratória peniana e a eletroejaculação são técnicas especiais utilizadas principalmente em pacientes neurológicos.

Na infertilidade, pode-se recuperar os espermatozóides, recolhendo-os da urina após o orgasmo e de imediato fazer inseminação artificial.

Para facilitar as relações na falta de ejaculação, o utente poderá usar lubrificantes especiais.


Caso apresente este problema não hesite e fale com o seu médico e/ou enfermeiro de família.

Bibliografia:
http://www.abcdasaude.com

CASCAISआna Filipa1, MARTINI Jussara2, ALMEIDA Paulo Jorge,” O Impacto da ostomia no processo de viver humano”, p. 163-167.

-------------------------------------------------------Enf. Paula Leite


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A vida tem outro sentido!

Em Agosto de 2008 foi-me diagnosticado um adenocarcinoma do recto. Esse foi um dos meses mais terríveis na minha vida. Eu tinha um cancro dentro de mim, uma coisa maligna, que no meu entender iria apoderar-se do meu corpo se não fosse já removida! Estava disposta a fazer tudo para aniquilar “essa coisa”. Contudo isso não seria assim tão simples. Tinha de esperar! Esperar os exames, esperar pelas consultas, esperar pelo veredicto final. A espera é terrível nestas circunstâncias. Um dia de espera parecem anos, uma hora dias e um segundo horas.

Antes de remover o tumor tinha de efectuar tratamentos de rádio e de quimio. Outro choque! Agora eu era uma doente oncológica! E isso era angustiante. Eu tinha consciência do que estava a passar mas não sabia nada o que me iria acontecer. Já não controlava as decisões. Perdi o poder de decidir. Estava nas mãos dos médicos! Tinha de confiar na sua competência para ficar, como diziam, quase boa!. E assim foi.

Fui submetida a três cirurgias, uma para remover o tumor, outra devido a uma complicação cirúrgica e outra para fechar a ostomia. Durante este percurso experienciei sentimentos de angústia, de sofrimento, de dúvida, de dor, de dependência, que me conduziam frequentemente ao desespero mas também experienciei sentimentos de verdadeira compaixão, de ajuda, de amizade e de amor. Para isso contribuíram as pessoas da minha família, as amigas e os amigos, os e as desconhecidos (as) que se tornaram amigos (as), alguns médicos que me apoiaram. Todos me fizeram ver que apesar de tudo eu “estava viva”.


Era isso mesmo “eu estava viva” e iria fazer tudo para não me esquecer disso. Sim, porque apesar de tudo muitos doentes com este diagnóstico não têm essa sorte. Este é um dos cancros mais mortais em Portugal. É também um dos cancros que tem mais probabilidade de aumentar nos próximos anos nas sociedades desenvolvidas devido em parte, não só à hereditariedade, mas também aos estilos de vida sedentários e à alimentação pobre em fibras. Um cancro que causa muito sofrimento.Essa experiência levou-me nestas férias, um ano depois do sucedido, a ler um livro, um best-seller internacional, denominado “Às terças com Morrie” de Mitch Albom. Esta obra descreve o modo como uma pessoa, um professor com qualidades humanas excepcionais, com o diagnostico de uma doença terminal aborda a vida que lhe resta e consegue fazer desse processo uma lição de vida.

Por isso quando me pediram para escrever umas palavras sobre a experiência de ser ostomizada faço como Morrie que em vez da palavra “coitado (a)” prefere a de “afortunado (a)”. Pois o facto de termos tempo para racionalizar a experiência de sofrimento torna-nos mais fortes, capazes de seleccionar o essencial da vida, de a viver como se fosse o último dia, de dar valor às pessoas e ao “cultivo” de relações humanas gratificantes. Este último procedimento é o mais importante pois são essas pessoas que nos ajudam a tornar o sofrimento em motivação para o superar.


A doença e o sofrimento dela decorrente permitem-nos alcançar outra leitura para a vida. E como Morrie lembro que “tanta gente anda para aí com uma vida sem sentido. Parecem adormecidos, mesmo quando estão ocupados a fazer coisas que consideram importantes. Isso é porque perseguem as coisas erradas. A maneira de dar sentido à nossa vida é dedicá-la a amar os outros, dedicar-nos à comunidade à nossa volta, e dedicar-nos a criar qualquer coisa que nos dê um propósito e um significado”. Sei que este é o lema desta Liga dos Amigos do Hospital do Barreiro e a partir de agora passa a ser também uma prioridade minha, no presente e no futuro.


Maria Irene L.B. de Carvalho 15 Setembro de 2009

In Newsletter nª 34/2009
Liga dos Amigos do Hospital Distrital do Barreiro

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Manter-se informado… Perguntas e Respostas!

No duche, como é que posso cobrir o protector para que não entre água para o estoma?

A boa notícia é que não é preciso cobrir o protector ou o saco para tomar o duche. Se decidir tomar duche com o protector/saco, basta secar o dispositivo quando sair do chuveiro.
Mesmo que opte por tirar o sistema de saco completamente, a água não pode entrar no estoma e mesmo que entrasse não causaria dor.
Contudo não deve deixar expor o adesivo sem o saco porque o protector pode desprender-se e soltar-se com a acção da água.

É normal que o meu estoma sangre? Quais as causas?

É normal que haja sangue na esponja quando limpa a área em redor do estoma.
O tecido do estoma é muito semelhante ao tecido no interior da boca. É fácil magoar as gengivas com a escova de dentes e fazê-las sangrar. Passa-se exactamente a mesma coisa com o seu estoma. Se sofrer alguma lesão, sangrará. Se está a tomar medicamentos anticoagulantes do sangue ou outros (como a aspirina ou medicamentos que a contêm), verificará que o estoma sangra mais do que o normal.
Se o sangue não parar em 15 min, ou se for excessivo, procure assistência médica imediatamente.

Outra razão pela qual o estoma sangra é pela presença e formação de pequenos granulomas (bocados de tecido), em redor do estoma que aparecem com alguma frequência nas ostomias digestivas. Ao toque estas formações sangram frequentemente, principalmente aquando da limpeza da pele.
Estas situações não são preocupantes e na Consulta de Ostomia podem resolver-se facilmente através da cauterização (queimadura), com nitrato de prata.
__________________________________________________________Enf.Paula Leite

Bibliografia:Revista Contact “Para ajudar a equilibrar a sua vida”, nº 2 2008/2009, Convatec, Bristol Myers Squibb, S.A, Paço de Arcos, pág.6,7, 2009

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Valor de um Sorriso

Um sorriso não custa nada e cria muito...Dura um só momento, mas sua lembrança perdura por toda uma vida...


Não se pode comprá-lo, pedi-lo emprestado ou roubá-lo...

E não tem utilidade enquanto não é dado!

Por isso, se no teu caminho encontrares alguém cansado demais para dar um sorriso, deixa-lhe o teu, com optimismo...

Pois ninguém precisa tanto de um sorriso quanto aquele que não tem mais sorrisos para oferecer...
E já agora? Vamos sorrir um pouco?


A smile costs nothing, but gives much। It enriches those who receives,without making poorer those who give. It takes but a moment,but the memory of it sometimes lasts forever.None is so rich or mighty than he can get along without it,and none is so poor than he can't be made rich by it.A smile creates haapiness in the home, fosters goodwill in business,and is the countersign of friendship.It brings rest to the weary,cheer to the discouraged, sunshine to the sad,and it is nature's best antidote for trouble.Yet it can not be bought, begged, borrowed or stolen,for it is something that is of no value to anyone until it is given away.Some people are too tired to give you a smile. Give them one of yours,as none needs a smile so much as who has no more to give.
Anónimo

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A Grávida com Ostomia - Parte I

A grávida com ostomia depara-se com várias mudanças durante o período pré-natal. Para além das mudanças comuns da gravidez, a grávida com ostomia experimenta mudanças adicionais, nomeadamente ao nível da auto-imagem e do auto-conceito, do stress dos cuidados diários ao estoma, entre outros. Vários autores têm demonstrado, no entanto, que a grávida com ostomia pode ter uma experiência de gravidez, parto e pós-parto normal. No entanto, a mulher com ostomia deve ter precauções muito cedo, durante o período pré-concepcional (mesmo antes da gravidez), de modo a que receba informações específicas para que sejam detectados precocemente sinais e sintomas de complicações.

CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO
Em termos de alimentação, a grávida com ostomia deve atender aos mesmos cuidados que as grávidas em geral, fazendo uma alimentação variada, rica em nutrientes essenciais, e com a quantidade de calorias adequada à fase de desenvolvimento fetal. No entanto, será necessário um suplemento de ácido fólico e de vitaminas devido à maior dificuldade de absorção dos alimentos. A dieta deve ser planeada conjuntamente com as modificações do estoma para facilitar o crescimento do feto. Deve ser dada atenção ao controlo do gás e do odor. O gás do intestino provém do ar que é deglutido (engolido), das bebidas com gás e da acção das bactérias sobre a comida indigesta. A grávida com ostomia não deve ingerir as chamadas “fast food” e bebidas gaseificadas. Para prevenir o odor, existem ainda sacos mais adequados. Outra medida de controlo é a utilização de desodorizantes no saco de ostomia.

DESCONFORTOS DA GRAVIDEZ
No primeiro trimestre são comuns, em cerca de 80% das grávidas, as náuseas e os vómitos. A grávida com ostomia deve comunicar à equipa de saúde se os vómitos ocorrerem mais do que uma vez por dia, ou se tiver sinais de desidratação tais como a urina muito concentrada (escura) e a boca seca, uma vez que pode colocar em risco o equilíbrio de líquidos e nutrientes. São perdidos cerca de 500 a 750 ml de líquidos por dia através do estoma comparando com os 100 a 200 ml de líquidos perdidos pela maioria das pessoas que têm um intestino intacto. Os cuidados a ter no caso de náuseas e vómitos são: evitar o contacto com cheiros intensos; comer tostas ou bolachas secas antes de levantar de manhã da cama; ingerir refeições pequenas, mas frequentes; evitar alimentos gordurosos ou muito condimentados; ingerir líquidos frequentemente entre as refeições. Se ocorrer, no entanto, a desidratação, terão de ser administrados líquidos e electrólitos por via endovenosa (pelas veias).

PREPARAÇÃO PARA O PARTO, NASCIMENTO E PÓS-PARTO
A grávida com ostomia deve participar num curso de preparação para o parto pelo método psicoprofilático de Lamaze que consiste essencialmente na realização de exercícios físicos, exercícios de relaxamento e respiratórios.
A grávida com ostomia tem habitualmente um trabalho de parto e parto semelhante ao de qualquer outra grávida. A maioria dos partos é vaginal. A taxa de nascimentos por cesariana nas grávidas com estomas é de cerca de 27%, semelhante à população geral. Recomenda-se durante o período expulsivo a observação do estoma durante e após a contracção e episódio de puxo.


__________Sónia Soares Enfermeira do Centro de Saúde de Santa Maria da Feira

BIBLIOGRAFIA
Aukamp V, Sredl D. Collaborative care management for a pregnant woman with an ostomy. Complement Ther Nurs Midwifery. 2004 Feb; 10 (1): 5-12.
Sredl D, Aukamp V. Evidence-based nursing care management for the pregnant woman with an ostomy. J Wound Ostomy Continence Nurs. 2006 Jan-Feb; 33 (1):42-9.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Testemunho do Sr. RR

Boa tarde!!!
Meu nome é RR, tenho 58 anos e vivo na cidade de Americana sp – 21.000 mil habitantes. Tive um câncer no rim direito em 1997, tive que tira-lo totalmente e vivo bem s/ problema algum 2005. Tive um câncer no intestino (p/ puro machismo não fui ao médico no começo quando as coisas poderiam ser muito mais fáceis).

Quando detectado já era um tumor e tive que retirar; foram 4 cirurgias em 7 meses já que a primeira ficou interrompida e teve que ser refeita, enquanto isso usava bolsa de colostomia. Fui para a cirurgia pensando que seria última (fechamento da bolsa) ao voltar dela não conseguia ingerir alimentos após dois dias (2) voltei para cirurgia novamente e tive que abrir para que uma das alças do intestino fosse refeita.



Enfim foram 4 cirurgias 3 no mesmo local (35 cm) e uma p/ fechamento da colostomia.Em 2008 Junho fui fazer uma operação da uma hérnia originada pelas cirurgias de 2005. Dia 09 Junho entrei no hospital para ficar no máximo 5 dias. Acabei pegando uma infecção generalizada, UCI p/ 30 dias sendo 10 em coma e 4 meses e meio de hospital c/ alimentação parenteral e muitos medicamentos, passei por mais 7 cirurgias, retiraram 4 metros do meu intestino. Voltei para casa dia 16 Outubro um dia após fazer 58 anos, fiquei mais 3 meses c/ aparelhagem de sucção e sonda no intestino p/ 24 horas.Hoje uso bolsa de Ilostomia igual a de colostomia, a diferença é que sai muito mais liquida.

A adaptação à bolsa foi muito mais difícil que da 1ª vez em 2005, hoje o local é irregular e necessita de uma bolsa côncava e é usado muita cola (pasta adesiva) "Convatec ou Adapt".

Obs:… O governo da estes materiais (Caríssimos) gratuitamente é um direito seu procure se informar em postos de sua cidade.Hoje eu viajo, passei muito e dirijo todos os dias e o jeito mais fácil p/ o uso do cinto é prender ele antes de você se sentar e colocando apenas a parte superior (foi o meu jeito) não existe lei que regulamenta isso, use o bom senso caso você seja parado pelo policia.

"Para DEUS nada é impossível"

Comentário do Sr. RR no nosso blog a 5 de Maio de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

VENCER O CANCRO É POSSÍVEL!

“Hoje vou contar a história de Cesaltina Barreto, mulher corajosa alentejana natural de Elvas, e que viveu desde nova em Leiria, devido à transferência de seu marido que era militar.
Com 50 anos foi-lhe detectado cancro da mama, e fez mastectomia radical! Não foi fácil, aliás não é fácil para ninguém...Recusou-se a fazer quimioterapia. Fazia a consulta de rotina no IPO em Coimbra, onde foi operada, e sempre muito bem tratada.
Tomava o tamoxifeno todos os dias, mas às vezes esquecia-se! Fez sempre a sua vida
normal. Dizia com mágoa que já não ia ver o nascimento da neta.O tempo foi passando e tudo ia correndo bem. Nasceu a neta, e uns anos mais tarde um neto, viu-os crescer e ajudou a cria-los.
Mas ao fim de 10 anos teve recidiva, e tirou a outra mama! Recusou novamente fazer
quimioterapia. Entretanto a sua nora de repente adoece! Cancro da mama! Mas dos piores, só viveu um ano! Foi muito duro para toda a família.Depois deste drama dizia, agora é que não chego ao casamento da minha neta!Dia após dia ia lutando como podia, e os anos foram passando...
Foi vencendo o cancro.Assistiu com muita alegria ao casamento da neta! O neto formou-se em matemática, e uns anos depois casou.Foi bisavó! Duas meninas da neta, e duas meninas do neto, viu-as nascer com muita alegria.Vivia com o seu marido que tinha 89 anos, e fazia ainda a sua lida da casa, ia às compras, fazia a comida! Era uma guerreira, nunca se queixava da vida, muito trabalhadora, foi um exemplo de coragem.

Estavam os dois, a passar uns dias em casa do filho, nos fins de Janeiro de 2006, num sábado à noite estava a beber o seu chá, deu-lhe um AVC. Fui eu que a amparei, para não cair. Na mesma altura deu também um AVC ao seu marido, foram os dois para o hospital

O seu marido faleceu no dia 1 de maio de 2006!

A D. Cesaltina nunca mais falou, e faleceu a 8 de maio de 2006 com a bonita idade de 85 anos. Ficaram os dois na mesma sepultura.Presto a minha homenagem, a esta grande mulher! Aprendi muito com ela!Uma mulher que lutou sempre, e nunca baixou os braços! E venceu!!!Obrigado D.Tina (como eu a tratava) a Sra., foi uma guerreira! Uma vencedora!VENCER O CANCRO É POSSÍVEL!!!”

Publicado por Alda em 6 Janeiro de 2008 no seu blog viveroutravez.blogspot.com

terça-feira, 9 de junho de 2009

O voo dos gansos

Parece que a ciência já descobriu porque é que os gansos voam juntos. Voam formando um "V", porque cada pássaro ao bater as suas asas produz um movimento no ar que ajuda o ganso que vai atrás. Voando em "V", todo o grupo aumenta pelo menos 70% o seu poder de voo, comparado a cada pássaro se voasse sozinho.

Devemos considerar que a união faz a força, sobretudo quando partilhamos objectivos comuns.

Uma palavra de alento renova as forças e cria recursos imprescindíveis à valorização das competências de cada um.

A solidariedade e a entreajuda ajudam a enfrentar a adversidade com as experiências e recursos de cada um




Colaboração: fátima pereira

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Vencer esta batalha, nem que seja por mais sete anos…

“A minha história começa em 2001, tinha 44 anos, quando fui operada pela primeira vez a um carcinoma no recto. Passados sete anos fui operada pela segunda vez.

Trabalho no Hospital de Pombal como auxiliar ao serviço de cirurgia, no qual são diariamente operados doentes com cancro. E também eu fui operada pela primeira vez. Fiquei aterrorizada e com medo de ser o fim…
Hoje posso dizer que já passei por tudo: quimioterapia e por danos psicológicos quando considerava que cancro era sinal de morte.

Mas quando me disseram que os meus filhos tinham 90% de probabilidade de vir a contrair esta doença decidi que tinha de viver, tinha uma missão a cumprir! Tentei arranjar armas para combater esta batalha. Os dois primeiros anos foram difíceis mas depois passei a levar uma vida normal.

Agora, passados sete anos, a 2 de Abril de 2008, o flagelo regressou à minha vida. Fui de novo submetida a mais uma operação e novamente quimioterapia. Como se não fosse o bastante, fiquei sem intestino e tive que me habituar a viver com o saco.

Apesar da difícil batalha que enfrento hoje, estou convicta de que vou conseguir vencê-la: nem que seja por mais sete anos.”

Carta enviada por:
Rosinda Ferreira Gonçalves
Pombal
Revista Contact, Convatec, Bristol Myers Squibb, SA, Paço de Arcos, nº2 2008/2009, pág 5

domingo, 26 de abril de 2009

Manter-se informado…Perguntas e Respostas!

Eu guio muito e receio que o cinto de segurança lesione o meu estoma. O que fazer?

Na generalidade, um cinto de segurança ajustado correctamente não deverá interferir com o estoma. Contudo, se fizer uma travagem brusca, a tensão no cinto de segurança aumentará e corre o risco de causar lesões. Como passa tanto tempo ao volante, talvez seja boa ideia tomar medidas de prevenção. Há produtos “protectores” que podem ser colocados sobre o estoma e sistemas de saco. Pode também adquirir numa loja de automóveis uma capa de pele de ovelha para almofadar o cinto de segurança, caso fique colocado directamente sobre o estoma. Caso não resulte estas soluções, o ostomizado tem uma legislação específica relativamente ao uso do cinto de segurança. Consulte o Delegado de Saúde do Centro de Saúde onde está inscrita.


É possível mudar o saco quando o estoma está activo?

Eis algumas sugestões genéricas:
- Sempre que possível, troque o seu sistema de saco quando o estoma estiver menos activo, como por exemplo de manhã antes de comer ou beber;
- Prepare o equipamento de que vai precisar antes de remover o saco usado (tendo á mão uma esponja, água e sabão, toalha, papel higiénico e qualquer outro material necessário);
- Retire o protector e o saco da embalagem, recorte o protector e retire o papel da parte de trás, tal como indicado nas instruções;
- Quando tiver tudo preparado, retire o sistema de saco usado e inicie o processo.
Espero que esta lista de verificação lhe seja útil poupando algum tempo e possível frustração.

Continua...


_____________________________________________________Paula Leite

Bibliografia:
Revista Contact “Para ajudar a equilibrar a sua vida”, nº 2 2008/2009, Convatec, Bristol Myers Squibb, S.A, Paço de Arcos, pág.6,7, 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

Polipose Familiar

A polipose familiar é uma perturbação hereditária em que se desenvolvem 100 ou mais pólipos adenomatosos pré-cancerosos, que revestem o intestino grosso e o recto.

Os pólipos desenvolvem-se durante a infância ou a adolescência. Em quase todas as pessoas não tratadas, desenvolve-se um cancro do intestino grosso (cancro do cólon) antes dos 40 anos. No entanto, se o intestino grosso for extraído e o recto for ligado ao intestino delgado, às vezes os pólipos rectais desaparecem.

Muitos especialistas preferem este último procedimento.

De 3 em 3 ou de 6 em 6 meses inspecciona-se mediante uma sigmoidoscopia (exame utilizando um tubo flexível de visualização) com o fim de remover os novos lipos.
Se estes surgirem rapidamente, deve-se extirpar o recto e o intestino delgado deve ser evacuado através duma abertura na parede do abdómen.
A ligação cirúrgica que se cria entre o intestino delgado e a parede abdominal denomina-se ileostomia.
_____________________________________________________Paula Leite
Bibliografia:
www.manualmerck.net
Liga de Ostomizados de Portugal “Dia Mundial do Ostomizado – Juntos para o
próximo milénio “ ; Santa Maria da Feira, Outubro, 1999.

segunda-feira, 23 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Aqui e agora

Qual o momento mais importante da nossa vida? Este mesmo। Aqui e agora. O que estou a fazer neste preciso momento. O passado já era. O futuro ainda não é.

Há pessoas que vivem demasiado presos ao passado. Querem esquecer, mas quanto mais tentam mais força ele tem. A nossa memória não deixa. A solução? Aceitar o passado, perdoar e perdoar-se, aceitar as coisas como elas são: sem raiva, sem rancor, aprendendo com os erros e os sofrimentos. Há sempre algo positivo.

Existem pessoas que vivem demasiado angustiadas com o futuro. Sofrem por antecipação. Reduzem toda a sua vida ao que sentem no presente. Jesus disse “não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado”. Como é sábia esta lição do Mestre. A maior parte dos medos que nós temos nem chegam a concretizar-se e estivemos a sofrer desnecessariamente.

Aprendamos a confiar em Deus। A colocar os nossos medos e incertezas nas Suas mãos. Partilhemos com Deus as nossas angústias e aprendamos a viver em paz. Vivamos intensamente este momento, sem pensar angustiosamente no resto. O nosso amanhã depende do nosso hoje. Por isso, aproveitemos bem. O momento de sermos felizes é este, no estado em que estou, com quem estou e com o que sinto. Que as recordações do passado, do que poderia ter sido e não foi, e que a incerteza do amanhã não nos impeça de viver ao máximo o “aqui e agora” da nossa vida


Fonte:http://partilhar.wordpress.com/category/auto-ajuda/

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Pólipos...

Definição

Um pólipo é um crescimento de tecido da parede intestinal, geralmente não canceroso, que se desenvolve dentro do intestino.

Os pólipos podem crescer com ou sem pedículo e o seu tamanho varia consideravelmente. O mais habitual é que os pólipos se desenvolvam no recto e no segmento inferior do intestino grosso. É raro que o façam mais acima.

Cerca de 25 % das pessoas com cancro do cólon têm também pólipos em qualquer outro lugar do intestino grosso. Há sinais evidentes de que os pólipos adenomatosos são propensos a tornar-se cancerosos se se deixar que permaneçam no intestino grosso. Quanto maior for o pólipo, maior é o risco de este ser maligno.

Sintomas e diagnóstico

A maioria dos pólipos não provoca sintomas, mas o sintoma mais comum é a hemorragia pelo recto. Um pólipo grande pode provocar cólicas, dor abdominal ou obstrução intestinal. Em situações raras, um pólipo com uma haste comprida pode crescer através do ânus.

Os pólipos grandes com prolongamentos em forma de dedos (adenomas vilosos) podem excretar água e sais, provocando uma diarreia aquosa intensa que pode resultar em valores baixos de potássio no sangue (hipopotassemia). Este tipo de pólipo é mais propenso a ser ou a tornar-se canceroso.

Os pólipos normalmente são descobertos durante uma sigmoidoscopia de rotina (exame do recto e da parte inferior do intestino grosso mediante um tubo flexível de visualização).

Quando este exame mostra um pólipo, efectua-se uma colonoscopia (exame do intestino grosso através de um tubo flexível de visualização) da totalidade do intestino grosso.
Este exame é mais completo e fiável. Faz-se porque a pessoa tem normalmente mais do que um pólipo e porque um ou mais pólipos podem ser cancerosos.


A colonoscopia também permite ao médico fazer uma biopsia de qualquer área que possa ser suspeita de cancro.

Tratamento

Em primeiro lugar, são administrados laxativos e clisteres para limpar o intestino. Depois, eliminam-se os pólipos durante a colonoscopia, usando um instrumento cortante ou um laço de arame electrificado


Se o pólipo não tiver pedículo ou não se puder remover durante a colonoscopia, pode ser necessária a cirurgia.

Um anatomopatologista examina os pólipos que forem extraídos. Se forem malignos, o tratamento dependerá de vários factores. Por exemplo, o risco do cancro se espalhar é maior se tiver invadido o pedículo do pólipo ou se a invasão for perto do ponto seccionado.

Se o risco for baixo, não é necessário mais tratamento. Caso contrário, extirpa-se (remove-se) cirurgicamente a porção afectada do cólon e voltam a unir-se os segmentos livres.

Quando se extrai um pólipo, deve explorar-se de novo a totalidade do intestino mediante uma colonoscopia no ano seguinte e, depois, a intervalos determinados pelo médico.

Se não se puder fazer o exame devido a um estreitamento do cólon, pode-se fazer um clister com papa de bário. Qualquer pólipo novo deve ser extirpado.

Consulta de Enfermagem ao Utente Ostomizado
__________________________________________________Paula Leite

Bibliografia
www.manualmerck.net
Liga de Ostomizados de Portugal “Dia Mundial do Ostomizado – Juntos para o
próximo milénio “ ; Santa Maria da Feira, Outubro, 1999.