terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Feliz Natal e Próspero Ano Novo

Para todos os Ostomizados e seus Familiares

Votos da Equipa da Unidade de Cuidados à Comunidade de Santa Maria da Feira

terça-feira, 19 de julho de 2011

Irrigação da colostomia

A incontinência para fezes, gases e odores, é a maior preocupação sentida pelo ostomizado. Felizmente que, para um grande número de colostomizados, existe um método para combater esta situação.

Assim, e salvaguardando excepções, os portadores de colostomiAssim, e salvasaAssexcepções, os portadores de colostomias descendentes ou sigmoideias, e só estes, podem, após consentimento médico, e com o apoio de um enfermeiro com formação em estomaterapia, aprender a técnica de irrigação.

A irrigação funciona como uma espécie de clister: faz-se uma lavagem intestinal, com material apropriado, através do ostoma, deixando o intestino de funcionar por um período que pode ir de 24 a 72 horas. Durante este tempo, como não há saída de fezes, e a quantidade de gases diminui consideravelmente, não será necessário usar o material habitual, mas sim uma espécie de tampão – um pequeno penso para protecção do próprio ostoma.


Este método não é agressivo para a mucosa intestinal, porque é executado com material apropriado (kit de irrigação), e sempre sob a orientação de um enfermeiro estomaterapeuta. Na realidade, até é especialmente recomendado para todos os colostomizados activos, e até em casos em que existe uma estenose do ostoma, isto é, quando o diâmetro do ostoma se torna tão reduzido que impede a saída normal das fezes. É também aconselhável para efectuar meios complementares de diagnóstico, como colonoscopias.


Existem contra-indicações para a irrigação da colostomia como nos casos em que o utente apresenta limitação física ou mental, formação recente do estoma, doença no restante cólon, estoma com complicação como prolapso e estenose, realização de quimioterapia ou radioterapia, crianças e lactantes devido ao risco de perfuração do intestino.


Este procedimento permite ao utente colostomizado a recuperação do controle da eliminação intestinal, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. O utente terá maior liberdade para realizar as suas actividades, pois com a irrigação, não será necessário o uso contínuo de um saco de ostomia, ou se preferir, poderá fazer uso de um saco de menores dimensões e mais cómodo entre uma irrigação e outra.

Bibliografia: http: //www.lop.org.pt/ ; www.hollister.com

Gabinete de Apoio ao Utente Ostomizado
Enfermeira Paula Leite
ACES Entre Douro e Vouga I

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Actualidades–Cancro Digestivo

Portugal soma 19 novos casos de cancro colo rectal por dia
Cancro colo rectal atinge 80.540 portugueses, indica estudo epidemiológico

Portugal registou 6.391 novos casos de cancro colo rectal em 2007, indica um estudo apresentado em Setembro de 2009 a assinalar o dia nacional do cancro digestivo e a fim de alertar as autoridades e a população para a necessidade de um rastreio nacional da doença.

"Os números justificam que é preciso apostar em campanhas de sensibilização e que é necessário a implementação de um rastreio nacional junto dos portugueses com mais de 50 anos", defende Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal – Associação de Luta contra o Cancro do Intestino.

Com mais de seis mil novos casos por ano e uma taxa de mortalidade próxima dos 50%, "o cancro colo rectal, mata mais do que os acidentes de viação e pode ter mais prevenção", sublinha o gastrenterologista Moreira Dias.

O trabalho de investigação da ForPoint, Europacolon e do Grupo de Investigação do Cancro Digestivo sobre a incidência e prevalência do cancro colo rectal em Portugal mostra que 44% dos mais de 10 mil doentes abrangidos eram do sexo masculino, com uma idade média de 62 anos.

Em 49% dos casos o diagnóstico foi efectuado pelo clínico geral, enquanto os médicos especialistas detectaram 31% dos casos e as urgências 21%.

Dezanove em cada 100 casos surgiram em exames de rotina não específicos para esta doença, sem qualquer tipo de sintoma.

Como principais sintomas, os doentes referem a presença de sangue nas fezes (62%), mal-estar geral (46%), diarreia (25%, obstipação (23%) e anorexia (17%).

O cancro colo rectal, o segundo de maior incidência na Europa e também o segundo de maior incidência e mortalidade em Portugal, mata uma pessoa a cada minuto no mundo. As estatísticas globais da doença mostram, também, que a cada 30 segundos surge um novo caso.

Relativamente ao cancro do estômago, o segundo tumor digestivo que mais mata em Portugal, a taxa de incidência está a diminuir, acompanhando a tendência dos países mais desenvolvidos. O Norte duplica a média das regiões Centro e Sul, com 45 novos casos por 100 mil homens e 22 novos casos por 100 mil mulheres. A dieta alimentar, caracterizada por mais salgados e fumados, será uma das explicações para a incidência da doença no Norte.

Números do cancro digestivo em Portugal

- Cólon e recto: 3.000 mortes /ano
- Estômago: 2.700 mortes/ano
- Fígado: 638 mortes/ano
- Pâncreas: 886 mortes/ ano
- Esófago: 510 mortes/ano

Nove sinais de alerta para o cancro digestivo

1 – Dor
2 - Cansaço inexplicáve
3 – Vómitos
4 - Dificuldade em engolir
5 - Enfartamento/má digestão
6 - Perdas de sangue
7 – Emagrecimento
8 - Alteração dos hábitos intestinais
9 - Diarreia, prisão de ventre diminuição do calibre das fezes

Os 11 mandamentos do código europeu contra o cancro
1 - Não Fume
2 - Evite a obesidade
3 - Pratique diariamente actividades físicas
4 - Aumente a ingestão diária de produtos hortícolas e fruta e limite a ingestão de alimentos contendo gorduras animais
5 - Modere o consumo de bebidas alcoólicas tais como cerveja, vinho e bebidas espirituosas
6 - Evite a exposição demorada ou excessiva ao sol
7 - Cumpra as instruções de segurança relativas a substâncias ou ambientes que possam
causar cancro
8 - As mulheres devem participar no rastreio do cancro do colo do útero
9 - As mulheres devem participar no rastreio do cancro da mama
10 - As mulheres e os homens devem participal no rastreio do cancro do cólon e do recto
11 - Participe em programas de vacinação contra a hepatite B de acordo com as normas da Direcção Geral da Saúde

Bibliografia:
www.manualmerck.net
www.roche.pt
www.portaldasaude.pt
www.europacolon.pt
Enfermeira Paula Leite
Consulta de Enfermagem Utente Ostomizado
ACES Entre Douro e Vouga I