
É a partir do início do século XVIII, que os relatos de colostomias se tornam mais frequentes.
Em 1709 um cirurgião alemão, Lorenz Heister, teria realizado operações de enterostomia em soldados que apresentavam ferimentos intestinais. Contudo, posteriormente descobriu-se que a técnica de Heister consistia na fixação das feridas à parede abdomina
l e não na realização de verdadeiras ostomias. Em 1776, Pillore realizou com sucesso uma cecostomia inguinal.

Em 1783, um cirurgião de Napoleão, Antoine Dubois, relata a realização de uma colostomia em uma criança de três dias nascida com imperfuração anal.
Apesar de nos últimos anos do século XIX, os princípios básicos para a realização das colostomias já estivessem estabelecidos, no início da década de 1950, a designada “era moderna das ostomias”, são alcançados novos conhecimentos em especial através dos trabalhos de Patey (enfatizando a sutura colo-cutânea) e de Butler (excisão combinada do reto). Em 1943, é realizada a primeira proctocolectomia com ileostomia definitiva em uma jovem também acometida de colite ulcerativa, por Gavin Miller.
A partir de meados do século XX até aos dias de hoje, ocorreu uma grande evolução nas técnicas cirúrgicas utilizadas na realização de ostomias e nos equipamentos e dispositivos disponíveis. É possível encontrar uma grande diversidade de placas e sacos coletores, que visam adaptar-se cada vez mais às necessidades da pessoa ostomizada.
A par da evolução técnica e tecnológica, registasse, por parte de diversos autores, citados no decorrer deste trabalho, uma crescente preocupação com o processo de viver da pessoa ostomizada, com ênfase nos aspectos psicossociais.
Consulta de Enfermagem ao Utente Ostomizado
Enf. Paula Leite
Bibliografia: SOUSA Sma. “Qualidade de vida em clientes ostomizados”. Texto Contexto Enfermagem 1999 Set-Dez, 8: 162-82;
ZAMPIERI J, JATOBA . Histórico In: Crema E, Silva R. Estomas: uma abordagem interdisciplinar. 1ª ed. Uberaba (SP): Ed Pinti; 1997. p.14-34. CASCAIS Ana Filipa1, MARTINI Jussara2, ALMEIDA Paulo Jorge,” O Impacto da ostomia no processo de viver humano”, p. 163-167.